segunda-feira, 23 de abril de 2012

Débito do Processo Federal, uhuuu!!!

Parece coisa de maluco, né? Ficar feliz porque debitaram um valor enorme no cartão de crédito? Pois é! Mas é exatamente essa a sensação. Depois de 20 dias da entrega da documentação no CIO, debitaram a taxa. Espero que isso seja um sinal claro de que a documentação está em ordem e não falta nenhum documento e também que logo tenhamos o nosso número do e-CAS, pra acompanhar o andamento dela durante o ano... Não esperamos ter outras notícias antes do final do ano, então acho que os posts desse ano vão ficar mais escassos hehehehe



Detalhe interessante: o débito aconteceu no dia em que o dólar atingiu o maior valor do ano e por milésimos de Real não foi igual ao maior valor em um ano! O que pode parecer azar por um lado, eu julgo que é uma grande sorte: como o débito foi no dia 19/04, ele virá só na fatura do mês de junho, e com isso o dinheiro pra pagá-lo fica na poupança mais um tempo, aproveitando da segunda taxa de juros efetiva mais alta do mundo... Além do que, até lá, o valor do dólar pode sofrer flutuação... Aliás, já considero a hipótese de transferir o valor para nossa conta do Canadá, pra ter uma blindagem contra possíveis altas do dólar até lá. Ah, pois é, ainda falta contar sobre a nossa conta do Canadá, mas isso farei em outro post!

À bientôt!
Bruno

quinta-feira, 29 de março de 2012

Documentação entregue no CIO!

Apenas para atualizar o post de ontem, segue a tela de confirmação de entrega da FedEx, no prazo combinado com o agente de envio e, na verdade, um dia antes da previsão inicial da FedEx. Fiquei feliz por ter escolhido o serviço econômico, por terem cumprido o prazo e eu ter economizado. Já li relatos de pessoas que tiveram atrasos com o serviço prioritário, mas eram de outros países. De qualquer maneira, conomizei R$50,00 e a entrega ocorreu dois dias depois do que seria a prioritária. Tá ótimo!



Agora é cuidar os lançamentos no cartão de crédito. Aliás, ontem encontrei um site do HSBC que permite habilitar alertas por SMS quando são feitas compras on-line (acima de R$100,00) ou internacionais com o seu cartão. Habilitei, mas ainda não tive como testar. De qualquer forma, vou ficar de olho! Para os preocupados de plantão, encontrei o link no próprio site do HSBC Canada e durante a verificação eles pedem para você identificar o valor aproximado de uma compra recente, o que me deu segurança de que o site é realmente deles, já que eles têm acesso ao histórico de compras.

É isso aí, vamos ver se tudo corre bem com o processamento. Espero ter notícias dentro de 30 dias!

Au revoir!
Bruno

quarta-feira, 28 de março de 2012

Goffs, NS?

Bom, agora que estamos esperando nossos documentos para o processo federal serem entregues em Sydney, NS, tenho aprendido o nome de mais alguns lugares no Canadá que não tinha ideia que existiam hehehe... O primeiro deles é Mirabel, QC. Nessa cidade fica o aeroporto para onde a FedEx encaminha as encomendas, o que imagino ser um hub de distribuição de Québec, provavelmente lá instalado pela localização estratégica em termos de custo de entrega: estou supondo que as entregas sejam proporcionais à população...

Sem mais delongas, aqui a situação atual na página de rastreamento da FedEx:


Vale notar que o serviço que escolhemos o serviço International Economy por uma economia de aproximadamente 35%.  Pode não parecer muito, mas o tempo de entrega não seria muito diferente (esse leva 2 a 3 dias úteis a mais), mas tem o mesmo rastreamento, saindo apenas R$ 10 mais caro que o envio pelos Correios. Como para esses casos conta é a data de postagem, ficamos "tranquilos" e aguardamos "pacientemente" que seja entregue para termos a certeza de que não faltou nada, etc, etc, etc.

Ok, voltando ao título: já que a documentação está em Goffs, NS, onde é isso?


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Goffs, NS (ponto B) é uma cidade próxima a Halifax, onde fica o aeroporto internacional da mesma, enquanto Sydney, NS (ponto A) é longe pra caramba, quase 400 km à nordeste!

Bom, como a entrega está prevista para acontecer até sexta no final do dia, imagino que vai ser entregue no prazo. Assim espero, porque essa documentação é muito chata de preencher, são muitos documentos de "suporte" à sua candidatura e só a tradução de tudo isso é MUITO cara: gastamos aproximadamente R$950,00 só com traduções, isso porque já tinhamos nossa certidão de casamento traduzida. Lado negativo é que, como moramos em dois estados, precisamos enviar atendados de antecedentes dos dois, o que foram 4 traduções a mais, ou +/- R$400,00 a mais... A conta mais salgada, a taxa do processo federal, esperamos que seja debitada logo... Porque tenho tido que ligar todas as semanas para a central do cartão e pedir que liberem os débitos do Canadá, passando o valor, etc. Quanto trabalho!

Espero ter notícias em breve para postar aqui.

À bientôt!
Bruno

terça-feira, 13 de março de 2012

Finalmente, recebemos nosso CSQ!!!

A sensação é indiscritível: embora a exaustão (por ter ficado tenso o bastante na última semana) tenha tomado conta de mim e não tenha permitido que eu fizesse essa postagem no dia de ontem, 12/03/2012, a alegria foi imensa!

Agora a história que todos sempre buscam: como foi a entrevista?

Chegamos cedo ao prédio do BIQ, algo como 45 minutos antes... OK, embora concorde que 9h45 é cedo para quem tinha o compromisso marcado para 10h30, atraso era algo que não constava na minha lista de possibilidades... Como fomos de trem e da estação até o prédio tem uma pequena caminhada, não quisémos arriscar. O calor ontem estava forte (para o horário) e nós trajados com roupa social (i.e. camisa, calça e sapatos sociais, nada além disso), sentíamos como se estivéssemos em um forno! hahaha. O lado ruim é que o pessoal da recepção do prédio (não do BIQ) pediu para que aguardássemos na área externa até 10h00. Indicou uns bancos atrás do prédio que só não eram bons devido ao sol... Logo, procuramos uma sombra e ficamos esperando os 15 minutos. Pegamos os crachás de acesso e subimos ao 15o andar.

Lá chegando, esperamos até que alguém abrisse a porta (não tinha ninguém na recepção)... Pouco tempo depois, estávamos nós sentados na ante sala da entrevista, assistindo a uma apresentação do Cirque du Soleil... Previsível, né? hehe

Com poucos minutos de atraso, o sr. Raymond Beauchesne nos chamou perguntando se tínhamos um "rendez-vous" com ele. Simpático, se desculpou pelo atraso e nos explicou que o intuito da entrevista era verificar os documentos que trazíamos e conhecer nossos planos de imigração. Disse que uma avaliação do nosso dossier já havia sido feita e que, se tudo que indicamos no dossier estivesse correto, nós já tínhamos uma boa pontuação.

Ele então pediu para ver os passaportes e certidão de casamento. Conferiu ambos e foi ao laptop conferir com os dados que eles tinham. Ao conferir o nome da Kalli, ele achou interessante e perguntou sobre a origem, que eu expliquei ser o nome de uma flor que tinha uma história romântica: era uma flor que seu pai dava à sua mãe quando namoravam. Ele ficou encantado com a história, pegou um Post-It e pediu licensa para anotar o nome e perguntar se a grafia estava correta... Totalmente inesperado! Nunca em qualquer momento da preparação eu pensei que isso aconteceria... Pensei que ele pudesse querer saber a origem, mas imaginei que ao dizer que era uma flor, que ele iria seguir em frente. Surpresas que a entrevista nos reserva.

Ele viu então o passaporte da nossa filha e lembrou que precisava ver também a certidão de nascimento dela. Conferiu tudo e passou ao computador novamente em que ele perguntou se ainda morávamos no mesmo endereço e começou a falar o endereço... mas no final, no número do apartamento, ele trocou... Corrigimos e ele disse: "Ok, era só pra saber se vocês estavam me ouvindo e entendendo!" Risos tomaram conta da sala... Logo disse que era uma técnica interessante, a final, testa muitas habilidades de uma só vez: a compreensão, a concentração e a habilidade de fazer uma correção de maneira educada. Mais uma surpresa.

Ele então pediu para ver o meu diploma e histórico da graduação, conferiu, mas não pediu o do ensino médio. Estava com ele na pasta, pois na carta pediam para que levasse, mas não foi preciso. Ele fez uma contagem até o momento dos pontos que tínhamos, pediu os comprovantes de estudo da Kalli. Pediu então os documentos de trabalho, que comprovassem o tempo de trabalho que tínhamos. Ele fez a soma de meses que totalizávamos, olhando os nossos contracheques e carteiras de trabalho. Isso feito, partiu para conferir os conhecimentos linguísticos.

Àquela altura, ele já tinha uma boa percepção de meu nível de francês. De início eu tinha dito a ele, também, que a Kalli não falava francês ainda. Ele me explicou que meus certificados de horas me dariam não mais que o nível 1 ou 2, mas que eu tinha demonstrado ter o nível 4. No dossier eu tinha indicado nível 5 (de 12), então ele disse que iria fazer a correção. Expliquei dizendo que para nós é difícil saber ao certo, pois existe muita diferença entre a proposta de cada curso. Disse que não tinha problema nenhum, que eu concordava com a avaliação dele e seguimos. Então ele me perguntou sobre meu nível de inglês, e então ficou fácil... Disse que eu tinha levado também uma cópia para eles do meu resultado oficial do TOEFL. Ele ficou feliz por eu ter levado (isso facilita a comprovação das notas que ele me atribuiu) e disse que faria uma cópia. Eu disse que ele poderia ficar com aquela via, pois eu tinha outro original.

Ele disse que ia fazer algumas perguntas para medir o conhecimento da Kalli, ainda que disséssemos que ela não falava francês. Ele fez duas perguntas simples: "Qu'est-ce que c'est le nom de votre mère?" e "Est-ce que vous avez d'enfants?". Ela não entendeu nenhuma. Perguntei a ele se ela poderia responder em inglês, já que isso poderia facilitar, e ele concordou. Mas mesmo assim não deu! Ele disse que não tinha problema e começou a conversar com ela em inglês para avaliar, achou o nível dela bom e disse que, embora em Montréal fosse possível viver apenas em inglês, ter bons salários, que isso nos colocaria em uma situação similar a um "apartheid", que terminaríamos por viver em guetos e que isso nos privaria da maior parte da vida social. Eu complementei dizendo que entendíamos e que concordávmos, que o plano da Kalli era primeiro entrar no mestrado (meta cumprida) e que depois ela entraria no francês. Concordamos ainda que para permitir que permanecessemos próximos à nossa filha, que era fundamental aprender o idioma.

Ele lançou mais algumas informações no sistema dele, escreveu algo no que imagino ser um relatório da entrevista e perguntou então porque escolhemos Montréal. Dissemos que a escolha era pelo mercado de trabalho e também pela vida cultural de Montréal. Ele perguntou sobre o trabalho e disse que a empresa em que trabalho tem um programa de relocação internacional para as filiais, mostrei o documento da empresa sobre o assunto e disse que essa era uma das opções. Mas então mostrei a ele, tembém, diversas oportunidades de emprego que recebo diariamente por e-mail e que acreditava que teria boas chances no mercado. Ele olhou algum dos anúncios que levei (do Workopolis e do Joboom) e começou a olhar o que os anúncios pediam e me perguntar se eu conhecia. Java? Sim. WebSphere? Sim, bastante. Perl? Disse a ele que não era minha principal habilidade, que conhecia um pouco. Ele respondeu que ficou feliz de eu ter dito isso (acho que pela sinceridade). Ele voltou ao computador enquanto digitava algumas informações perguntou de maneira descontraída se eu era um bom profissional. Eu disse que achava ser, a final, estou sendo promovido nos próximos meses. Ele concordou com a cabeça e continuou.

Ele perguntou então sobre nossa preferência de local para morar. Dissemos não ter preferência por nenhum lugar específico, mas que pretendíamos buscar moradia próximo às melhores escolas (i.e. para que nossa filha pudesse estudar em boas escolas). Ele pediu para ver as listagens que eu tinha levado de boas escolas em Montréal, Québec e Gatineau. Olhou alguns nomes, comentou que algumas ficavam em regiões caras e me devolveu os papéis.

Ele lançou mais alguns dados no computador e disse... "58.... 66... Bienvenue au Québec!", ainda olhando para o computador... Eu não me contive e ri alto e agradeci. Era muita felicidade. Ele então nos deu os parabéns, e imprimiu os CSQs, assinou-os e nos explicou um pouco sobre os procedimentos a seguir... Após algumas explicações, ele fez uma pergunta que de alguma maneira me intrigou, mas não tive jogo de cintura pra conversar sobre o assunto: vocês pretendem realmente se instalar no Québec? Respondi de impulso, sim, com certeza. Mas acho que a pergunta veio devido ao nosso nível de inglês, que facilitaria nossa imigração para outra província. De qualquer forma, sim, nossa meta é o Québec.

Minha impressão geral é foi excelente, devido à simpatia do Sr. Beauchesne e do esforço dele em se comunicar com a Kalli, falando algumas vezes em espanhol, arriscando palavras em português e conversando com ela inglês, fugindo completamente do estereótipo que já ouvi de outros relatos. Não sei se foi mera sorte nossa, mas fiquei feliz de termos sido atendidos pelo Sr. Beauchesne. Torno públicos aqui meus agradecimentos.

Bom, acho que isso é tudo o mais detalhado que eu consigo lembrar (e descrever). Espero que possa ajudar outras pessoas que estão nessa mesma fase. Agora, vamos para o Federal, mas com a certeza de que nosso plano vai ser executado!

À bientôt!
Bruno

segunda-feira, 5 de março de 2012

A uma semana da entrevista

É, agora faltam 7 dias para a entrevista no BIQ. Esses dias passamos perto do escritório para ir a um restaurante e deu aquele "frio na barriga". É engraçado, porque toda a ansiedade que antes sentíamos para que tivéssemos as respostas de se haveria uma entrevista, quando seria, agora estão mudadas. A expectativa de estar 100% preparado e de demonstrar que temos um plano, que ainda está em construção, claro, mas estamos nos preparando para fazer essa grande mudança, é enorme.

Meu professor do francês acha que eu tenho condição de ir bem na entrevista e as aulas tem sido muito úteis e me fazem perceber que precisamos todos continuar aprendendo para acelerar a integração. Como preparação final, tenho revisado as perguntas que circulam na internet como preparação e revisado páginas sobre a Política do Canada e também sobre a geografia (geral e política), incluindo informações sobre as províncias e territórios. O artigo sobre geografia é, talvez, o mais interessante, porque abrange tanto a parte física quanto política. Estou lendo também um artigo sobre a geografia do Québec. Por serem artigos do wikipedia, há a possibilidade de ler alguns deles em português, mas eu prefiro lê-los em francês para me habituar aos termos e inclusive tirar dúvidas sobre pronunciação.

Bom este post termina aqui, espero ter boas novas em uma semana para contar.

À la prochaine!
Bruno.


terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Contagem regressiva para a entrevista

Bom, é bem verdade que andei sumido do blog, vou até limpar as teias de aranha hahaha!

Mas, de volta ao foco desse blog, estou feliz por estarmos na reta final da fase provincial: a tão esperada entrevista foi agendada no dia 01/fev para o dia 12/mar. Ou seja, faltam exatos 19 dias para a tão esperada entrevista!

Confesso que andava um tanto desanimado... não é pra menos, a final, a parte do processo que deveria ser mais curta, a provincial, que o BIQ divulgava durar aproximados 3 meses entre recebimento de um dossiê completo e a entrevista, no nosso caso, terá durado mais de 8 meses. 8 meses! Mais do que o dobro do tempo estimado, quase 3 vezes!!! Chegamos a pensar que o processo não andaria mais, que algo de errado estava acontecendo.

Nesse meio tempo, passei por duas entrevistas com empresas do Québec, não tendo passado em nenhuma delas. Na primeira, por ter errado a expectativa salarial (em relação à minha proficiência no francês, que ainda é intermediário) e a segunda, por que havia parado de estudar francês por alguns meses, e confesso que eu mesmo senti que meu desempenho para conversação caiu muito em relação ao período em que estava estudando a todo vapor. Passamos também pela saga de obter um vista de turimos para o EUA, o que nos permitirá ter mais liberdade de escolha nos vôos para Montréal, nos permitindo ainda fazer o landing lá, e não em Toronto, de que já li alguns relatos de certa rispidez dos agentes de imigração (que na minha opinião, podem ser relacionados ao fato de serem imigrantes para o Québec).

Foram lições valiosas, que vão me ajudar no futuro e que já influenciaram meu comportamento pré-entrevista. Logo que recebemos a convocação, comecei a procurar aulas de francês novamente e retomei os estudos. Já percebo melhora significativa nas minhas habilidades e recuperei minha capacidade de formular frases. Optei por fazer um módulo de curso, não apenas aulas particulares. O fator grana pesou muito na decisão, claro. Sei que as aulas particulares poderiam me ajudar a avançar rapidamente, mas a interação com uma turma é importante, escutar outros pontos de vista, debater, ouvir outras experiências, tudo isso enriquece e a possibilidade de ter mais horas de aula me pareceu mais razoável que investir pesado em poucas horas. Ainda assim, pretendo fechar algumas horas para simular uma entrevista.

À bientôt!